Permacura

"Caminhe como se seus pés beijassem a terra." Thich Nhat Hanh Um projeto para ser regenerativo precisa estar fundamentado no potencial de seu lugar, para se desenvolver e evoluir além do que é atualmente capaz. A Permacura tem a premissa de que a base crítica para o desenvolvimento externo é o desenvolvimento interno de novos níveis de capacidade, consciência, identidade cultural e vontade, tanto nos idealizadores do projeto como praticantes, quanto nas comunidades e sistemas em que atuam. Portanto, o núcleo do processo de desenvolvimento de uma prática regenerativa é aumentar a capacidade de trabalhar simultaneamente nessas dimensões internas e externas, compreendendo que a saúde é um recurso para a vida. O físico, o mental e o espiritual são cultivados através das práticas de yoga, de meditação e do trabalho com a natureza, interagindo com a presença de outros seres vivos, não humanos. Segundo David Abram “somos humanos apenas em contato, e convivência, com o que não

A capacitação e troca de saberes sobre Permacultura, como um estilo de vida, e a agricultura sintrópica, como um sistema resiliente, faz parte do desenho do projeto que hoje é exemplo para vizinhos, amigos e familiares, mas que deseja se expandir como um espaço para oficinas, consultoria e formações com a presença de colaboradores. A expansão do projeto também visa a resiliência econômica, ou seja, gerar rendimentos para sua própria manutenção. Pensando nisso, o casal está se preparando desde 2020 para iniciar consultorias e gestão em projetos, para a expansão no próprio terreno e para além dele. "Por hora, estamos reconhecendo a abundância da terra, comendo bananas, mandiocas, abóboras, cenoura, batatas, pancs, verduras, raízes, ervas, partilhando com nossos vizinhos. Mas já vemos um grupo de agricultores e co-agricultores locais começando a sonhar a nossa CSA. Também vemos esse projeto sendo multiplicado por aí!” Mariana e Cristiano A rotina dos fundadores é bem inten

O Vale das Videiras integra e é composto pela sub-bacia do rio Fagundes, que nasce na região e faz parte do bioma da mata atlântica, considerado pela ONU uma área prioritária para conservação da biodiversidade mundial. O projeto contribui para a conservação deste bioma único através da agrofloresta sintrópica, onde há maioritariamente plantas e árvores típicas da mata atlântica. A formação da agrofloresta sintrópica, no local, se iniciou na primavera de 2020 com o plantio em consórcio de árvores nativas da mata atlântica. No desenho utilizado, cada canteiro tem cerca de 80 cm de largura e alguns com 20, 30 metros de comprimento, e, entre os canteiros, estão os caminhos, cada um com 40 cm de largura. Esse desenho é, desde então, constantemente ampliado, não só em tamanho, mas também em diversidade, através do manejo constante. Segundo a Agricultura Sintrópica de Ernst Götsch, uma floresta se beneficia da abundância de espécies que co-crescem em um sistema de estratificação. Iss

A Permacura busca incentivar práticas regenerativas que promovem a mudança de consciência e a revitalização dos ecossistemas naturais, econômicos e sociais. Através de uma abertura para a comunidade, o projeto busca expandir a visão interna para fora, para que mais pessoas experimentem e percebam que é possível um redesenho gerador de saúde sistêmica para os humanos, os ecossistemas e o planeta. A missão é vivenciar, na prática e no compartilhar, um modo de vida mais simples, saudável, sustentável e regenerativo - combinando ecologia exterior (Permacultura) com ecologia interior (yoga, meditação, ecologia profunda, saberes ancestrais). O propósito do projeto é inspirar pessoas a se tornarem participantes ativos na transição para uma presença humana resiliente, salutogênica e regenerativa em nossa casa Terra. As três ações que sustentam a visão do projeto são: A ecologia e escuta profundas, o yoga regenerativo e a Permacultura como modos de viver. Ver e receber a vida como ela

Uma história que vem sendo tecida na vivência, na escuta profunda da natureza, que abre os olhos para a história da separação e os impulsiona à esperança ativa, ao Interser, na Grande Virada (inspirada por Joanna Macy). A história da Permacura começa em 2020, quando o casal Mariana e Cristiano chegaram a um terreno degradado, pertencente à família, no Vale das Videiras e decidiram fazer desta terra sua casa. O espaço de 4.000 m2 estava há 17 anos sem cuidado. Havia apenas cavalos que um vizinho colocava lá. Quando decidiram iniciar seu sonho no local, tiveram que lidar com uma gigantesca proliferação de micuins, os carrapatos. Foram 6 meses indo ao terreno para escutar “o sonho da terra”, fazer rituais de (re)conexão, escutar as árvores que estavam ali há décadas - ou seja, o “observar e interagir” da Permacultura. Estava claro após esse primeiro contato que a energia precisava mudar, e não faltaram práticas de yoga, meditação, ecologia contemplativa e profunda, reiki, theta

"Nossos sonhos são os sonhos da Terra. As pessoas que acreditam nos seus sonhos são consideradas pessoas perigosas." John Croft A Permacura é a expressão de um sonho do casal Mariana e Cristiano por um viver simples, sustentável e regenerativo. Praticantes de yoga e meditação, dedicam-se à habilidade de escutar a Terra, a si mesmos e aos outros, e dessa prática de escuta profunda emergiu o propósito do projeto: dialogar criativamente com a Vida, a fim de servir ao seu propósito, de encontrar e viver a resposta à pergunta "Qual é o desejo, o propósito da terra?” O A-ha da Permacura “A dança com os dragões fez emergirem vários A-has… O primeiro foi na pandemia, com o medo, o 'voltar para casa', um tempo para reavaliar a vida e seu sentido, nos conectamos com o servir. Após visitar o terreno em março, início do outono, meditar e escutar a terra, veio o A-ha: “Estou aqui para servir também. Vamos?" E, desde então, o sonho da terra é nosso son