Um desenho que inspira

A capacitação e troca de saberes sobre Permacultura, como um estilo de vida, e a agricultura sintrópica, como um sistema resiliente, faz parte do desenho do projeto que hoje é exemplo para vizinhos, amigos e familiares, mas que deseja se expandir como um espaço para oficinas, consultoria e formações com a presença de colaboradores.

A expansão do projeto também visa a resiliência econômica, ou seja, gerar rendimentos para sua própria manutenção. Pensando nisso, o casal está se preparando desde 2020 para iniciar consultorias e gestão em projetos, para a expansão no próprio terreno e para além dele.

"Por hora, estamos reconhecendo a abundância da terra, comendo bananas, mandiocas, abóboras, cenoura, batatas, pancs, verduras, raízes, ervas, partilhando com nossos vizinhos. Mas já vemos um grupo de agricultores e co-agricultores locais começando a sonhar a nossa CSA. Também vemos esse projeto sendo multiplicado por aí!” Mariana e Cristiano

A rotina dos fundadores é bem intensa, pois além da implementação do projeto e do plantio, existe também o cuidado diário com a terra, que envolve a capina seletiva, a retirada de plantas invasoras, a poda de árvores para trazer biomassa para o solo, a irrigação, a observação do desenvolvimento das plantas, a colheita, a preparação dos alimentos para consumo ou para o armazenamento.

A visão ecológica na agricultura envolve o mínimo de uso de máquinas e o manejo com o calendário biodinâmico, desde 2022, tem trazido um resultado significativo. O calendário, criado por Maria Thun (1922 a 2012), é lançado anualmente de acordo com o estudo do céu ao longo do ano. Existe uma agenda astronômica para cada hemisfério e nele são indicados quais os dias bons para o manejo, assim como dias bons para produção de mudas, adubação, semeadura, entre outros. Nele também é possível vermos os dias que não são benéficos para mexer na horta: um tempo de pausa, descanso, para ficar na rede, tomar chimarrão, meditar, celebrar e contemplar.